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domingo, 29 de julho de 2012

texto sobre energia para o ENEM

A Embrapa Agroenergia e o Ministério do Meio Ambiente promoveram na última quarta-feira (25) o Seminário sobre Energia Renováveis para discutir o tema no âmbito dos diálogos setoriais Brasil – União Europeia. O potencial de uso do sol, do mar, dos ventos e da biomassa para gerar energia foi debatido por representantes de órgãos do governo, instituições de pesquisa e empresas. Cerca de 90 pessoas participam do evento, que aconteceu no auditório da Embrapa Estudos e Capacitação, em Brasília.

Energia solar
O professor Roberto Schaeffer, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COOPE/UFRJ), mostrou, em sua apresentação, que o uso da energia solar fotovoltaica poderia produzir três vezes o volume de energia que o Brasil usa hoje. Esse dado foi levantado pela equipe do professor Schaeffer, considerando fatores como incidência solar ao longo do ano, competição pelo uso da terra e proximidade de linhas de transmissão. O problema está no custo. O quilowatt/hora gerado por uma planta fotovoltaica chega a ser seis vezes mais caro em relação ao das hidrelétricas.

“De fato a barreira à energia solar não é falta de sol, mas o custo da tecnologia”, enfatiza Schaeffer. Ele ressalta, no entanto, que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento poderão baixar os custos e viabilizar a sua utilização em escala. Ele defende a definição de incentivos ao setor como reduzir impostos para importação de equipamentos e facilitar a instalação de plantas. Ele acredita que, tornar obrigatória uma participação mínima da fonte solar na matriz energética brasileira poderia estimular o desenvolvimento do setor sem onerar muito o consumidor.

Energia dos oceanos
Também da COPPE/UFRJ, Paulo Roberto da Costa apresentou a geração de energia elétrica a partir das ondas do mar, tecnologia que está em fase de amadurecimento, mas próxima de atingir a fase comercial. Ainda este ano, deve ser inaugurada uma planta de aproveitamento dessa fonte energética, no litoral do Ceará, num projeto realizado em parceria pela COPPE/UFRJ, a Tractebel Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Costa explica que a geração de energia elétrica a partir das ondas do mar “não lança partículas poluentes, não gera ruído, nem agride a fauna marinha, desde que as unidades de conversão sejam instaladas fora das rotas de navegação e de migração de baleias”. Outra vantagem é possibilidade de usar a mesma instalação para gerar energia elétrica e dessalinizar a água do mar, tornando-a disponível para consumo doméstico, industrial e agrícola. Segundo o pesquisador, o custo do aproveitamento da energia de ondas do mar está muito próximo ao da energia eólica. “As perspectivas de comercialização são muito boas e a COOPE/UFRJ conta, em sua incubadora, com uma empresa para tratar da comercialização dessa tecnologia”, afirma Costa.

Energia eólica
“A energia eólica no Brasil já está presente”, contou o pesquisador do Cepel/Eletrobras Ricardo Dutra. O aproveitamento dos ventos como fonte de energia desenvolveu-se no Brasil com a edição do Atlas do potencial eólico Brasileiro em 2001 e com os incentivos do governo federal por meio do ProInfra.  Dutra disse que a energia eólica tende a crescer e que o maior potencial do Brasil está na costa do Nordeste e na Região Sul. Atualmente, ela já é mais barata do que algumas fontes tradicionais de energia. O terreno destinado à instalação de aerogeradores para captação da energia dos ventos pode ser compartilhado com plantações rasteiras, com a soja e a batata, além da pecuária.

Energia de biomassa
Outra fonte de energia renovável que já é largamente utilizada e ainda tem grande potencial de crescimento no Brasil é a biomassa. O etanol e biodiesel já respondem por 23% da matriz energética do País, segundo dados apresentados no evento por José Nilton Vieira, da Casa Civil. No entanto, há alguns problemas que precisam ser solucionados para que essa porcentagem cresça ou mesmo se mantenha. “Nos últimos três anos, o etanol deixou de ser atraente para os consumidores mesmo no período de safra. Se não houver redução dos preços internacionais do açúcar, o valor de produção do etanol continuará elevado”, disse. Quanto ao biodiesel, é preciso avançar nas pesquisas e encontrar novas matérias-primas capazes de garantir suprimentos para o aumento da produção e da inserção da agricultura familiar no programa.

A embaixadora brasileira Mariângela Rebuá, diretora do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores e copresidenta da organização internacional Global Bioenergy Partnership (GBEP), afirmou que o ponto chave hoje é eficiência energética. Ela explicou que, com a melhoria desse fator, seria possível reduzir em aproximadamente 30% o consumo global de energia. A embaixadora defendeu o uso da biomassa para produção de energia. “Todos os estudos apontam que mesmo que se aumentasse em cinco ou dez vezes as áreas agrícolas destinadas a biocombustíveis, não se chegaria a um nível problemático”, explica. “Os biocombustíveis são a melhor alternativa para substituir a gasolina no médio prazo”, acrescentou. Mariângela lembrou que o etanol brasileiro foi considerado pela Environmental Protection Agency (EPA) um biocombustível avançado, capaz de reduzir em 61% a emissão de gases de efeito estufa.

O pesquisador da Embrapa Agroenergia José Dilcio Rocha apresentou um levantamento dos resíduos gerados principalmente na produção agropecuária que podem ser utilizados para geração de energia. Exemplos bem sucedidos do aproveitamento de resíduos são o bagaço da cana-de-açúcar, que já dá origem a 7% da energia elétrica brasileira, e o sebo bovino empregado na fabricação de biodiesel.  O caroço do açaí, a fibra do coco e a palhada da cana e a do capim utilizado para produção de sementes são outros resíduos que poderiam ser utilizados para fins energéticos. “Temos um volume de palha de cana semelhante ao do bagaço que praticamente não tem aproveitamento”, comentou. Rocha destacou a importância de utilizar ao máximo os produtos agropecuários, dentro do conceito de biorrefinarias. “De um barril de petróleo não se obtém apenas  gasolina, mas uma série de produtos, e podemos fazer o mesmo com a biomassa, num contexto de desenvolvimento sustentável”, explicou.

Durante o seminário, a situação e as potencialidades das energias renováveis no Brasil também foram tratadas por José Augusto Valente e Tito Cruz, da Aneel, Daniel Neri, do Instituto UNA/MG, Carlos Niedesberg, da Fepam/RS, e Edson Furuiti do DEG (Agência alemã para o fomento do setor privado), Energias renováveis na Europa.

Um panorama geral das energias renováveis na Europa foi apresentado por Antônio Joyce, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal. Ele contou que, juntas, as energias hidráulica e eólica respondem pela maior fatia na matriz energética portuguesa, mas o gás natural e o carvão ainda são fontes importantes. A energia solar vem ganhando espaço naquele país, com plantas de diferentes capacidades instaladas. A participação dessa fonte no país ainda é relativamente baixa, especialmente em função do custo. Joyce destaca, no entanto, que o preço já caiu pela metade se comparado ao de cinco anos  atrás.

O pesquisador português ressaltou que, ao lado das grandes instalações para aproveitamento de energia eólica e solar, deve ser ampliada a instalação de equipamentos unifamiliares, como coletores solares térmicos e fotovoltáicos e pequenos aerogeradores. Ao mesmo tempo é preciso formar a consciência da população quanto à economia e eficiência energéticas. “Uma iniciativa muito importante está acontecendo em Portugal, pois todos os novos edifícios devem apresentar certificados de eficiência no uso de energia” explicou.

Joyce acredita que potencial brasileiro para ampliação do uso de fontes renováveis de energia é enorme. “Em termos de pesquisa e desenvolvimento, o Brasil está no mesmo nível da União Europeia”, observa. Na opinião dele, o trabalho conjunto entre o Brasil e a Europa deve ser ampliado.

Inovação para sustentabilidade
Na abertura do evento, o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior, disse que a instituição aceitou prontamente o convite do MMA para organizar o evento, entendendo que é fundamental para o grupo de pesquisadores da instituição integrar-se nas discussões sobre energias renováveis no âmbito dos diálogos setoriais Brasil – União Europeia.”A troca de informações e o desenvolvimento de projetos conjuntos são muito importantes para a consolidação de novas soluções, que atendam às demandas da sociedade” enfatizou.

O Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, lembrou que, em 2009, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir em mais de 35% suas emissões de gás carbônico e outros gases que produzem o efeito-estufa. Para tanto, tem investido em medidas como a redução do desmatamento, a agricultura de baixo carbono e as energias renováveis. Revelou que o MMA está trabalhando na elaboração de novos Planos relacionados à mitigação da emissão dos gases do efeito estufa e de promoção da sustentabilidade.: o Plano para Indústria; o de Mineração; o de Transportes e o de Saúde Pública.” Em todas essas iniciativas, a inovação é fundamental para alcançar os objetivos”, finalizou Klink.

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